Transtornos mentais apresentados por defesa de Érika podem ter feito com que não notasse que Tio Paulo tinha morrido? Psiquiatras opinam

  • 23/04/2024
Com base em imagens, especialistas ouvidos pelo RJ2 avaliam se remédios e transtornos podem ter feito com que sobrinha não percebesse a morte ao levar o tio para pegar empréstimo. Especialistas debatem se Érika tinha consciência da morte do tio ao tentar pegar empréstimo em banco Psiquiatras ouvidos pelo RJ2 analisaram, por meio das imagens de câmeras de segurança, a conduta de Érika Souza, a sobrinha levou o tio, já morto, para pegar um empréstimo com atendentes de um banco. A defesa de Erika Nunes apresentou atestados médicos que mostram uma série de transtornos mentais. Em 2022, uma psiquiatra relatou dependência de remédios, os chamados hipnóticos, além de um quadro de depressão, relatos suicidas e alucinações auditivas. No ano passado, outro médico confirmou o diagnóstico de dependência química de sedativos e hipnóticos e encaminhou Érika para internação. Os especialistas ouvidos pelo RJ2 analisam o comportamento de Érika pelas câmeras da agência bancária. As imagens registraram o que aconteceu antes da cena que correu o Brasil, e o mundo, na qual Érika tenta fazer com o que o tio, Paulo Roberto Braga, assinasse um documento para pegar um empréstimo de R$ 17 mil. 'Criou 6 filhos, nunca precisou roubar', diz filho de Érika 'Tio Paulo': quem era o idoso levado morto por mulher a banco Em novas imagens reveladas pelo Fantástico, gravadas pouco antes do atendimento, ela aparece aguardando atendimento ao ao lado do tio. Ele estava imóvel e com o pescoço caído para trás. Enquanto esperava, Érika levantou o pescoço do tio e tocou na testa dele com um papel. Quando foi chamada, Érika foi ao banheiro e deixou uma funcionária da agência cuidando de Paulo. Após 6 minutos, a sobrinha voltou, trazendo um copo d’água para o tio. O que dizem os especialistas O professor Antônio Egído Nardi, titular de psiquiatria da UFRJ, diz que os atestados revelam uma paciente com um quadro grave. No entanto, ele ressalta que as imagens do dia 16 mostram que Érika teve um comportamento adequado em todas as situações, menos para compreender a morte do tio. “O que ocorre quando está em intoxicação por uma droga, há comprometimento como um todo, não para algo específico, para todas as situações como entrar no shopping, entrar num banco, ir ao banheiro. Só uma junta médica para avaliar o comprometimento psiquiátrico ou não”, explica Nardi. O psiquiatra forense Marcelo Migon diz que as imagens revelam uma pessoa que compreendia o que estava fazendo quando levou o tio ao banco. “Nem todos os pacientes psiquiátricos são inimputáveis. Não estava sem entender o que estava acontecendo porque todas as ordens que foram dadas pra ela foram cumpridas a contento. Pra entrar no banco empurrando foi orientada: ‘Vai por aqui, senta, espera’. Ela estava totalmente lúcida, consciente com o que estava acontecendo ali”, afirma o psiquiatra. Outro especialista afirma que Érika poderia não estar plenamente lúcida. O psiquiatra forense Hewdy Lobo diz que os remédios descritos nos atestados têm a capacidade de afetar a consciência. “Tem uma alta probabilidade pelo nível cultural, pelos tipos de medicamentos utilizados e, especialmente, a gravidade dos adoecimentos dela, sendo indicada pra tratamento psiquiátrico, hospitalar, com internação, que ela não tinha consciência de que ele tinha passado para o estado de adoecimento físico grave para a morte”, diz Lobo. O que diz a defesa A defesa de Érika disse que, em breve, vai solicitar novos exames psiquiátricos e contou que aguarda, ainda para esta semana, a análise do pedido de revogação da prisão preventiva dela. A defesa voltou a afirmar que Érika não tomou ciência de que Paulo estava morto no banco.

FONTE: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2024/04/23/transtornos-mentais-apresentados-por-defesa-de-erika-podem-ter-feito-com-que-nao-notasse-que-tio-paulo-tinha-morrido-psiquiatras-opinam.ghtml


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