'Reviver Centro Cultural': Centro do Rio ganha três espaços culturais neste fim de semana

  • 27/04/2024
(Foto: Reprodução)
Entre sexta (26) e domingo (28) passam a funcionar o Ginga Tropical, Queerioca e Casa Carnaval. Todos contaram com o apoio do projeto da prefeitura que reabre imóveis históricos que estavam fechados. Centro do Rio ganha espaço culturais neste fim de semana O Centro do Rio vai ganhar novos espaços culturais neste final de semana. A medida faz parte do projeto "Reviver Centro Cultural", da prefeitura com a iniciativa privada, que tem como objetivo revitalizar o Centro e a Zona Portuária da cidade. Nesta sexta (26) começou a funcionar o Ginga Tropical e no sábado (27) é a vez do Queerioca. As inaugurações tem eventos abertos ao público, trazendo apresentações, rodas de conversa, lançamento de livros e música. Já a Casa Carnaval promoverá no domingo (28) festa fora de época pelas ruas do Centro para marcar o pré- lançamento do espaço (veja a programação no fim da reportagem). Outros espaços como Casa TUCUM, Cará, Centro de Pesquisa Avançada do Novo Samba Tradicional Onde o Coro Come – IBORU e Casa de Cultura Volta do Mundo já estavam em funcionamento. Amor pelo Centro Espaço onde vai funcionar o Queerioca Reprodução/RJ2 A oportunidade do lançamento dos empreendimentos através do Reviver deu a empreendedores a oportunidade de trabalhar com cultura e expressar seu amor pelo Centro. Responsáveis pelo Queerioca, que nasce com o objetivo de visibilidade e troca para os artistas LGBTQIAPN+ cariocas, Laura Castro e Cristina Flores contam que se apaixonaram à primeira vista pelo casarão onde vai nascer o espaço na Travessa do Comércio, perto do Arco do Teles. "É uma emoção é ver a cultura e o Centro do Rio renascendo", diz Laura. A ideia do espaço surgiu em 2020, no auge da pandemia. Anos depois, elas se inscreveram em um edital da prefeitura, o Reviver Centro Cultural. O projeto tem o objetivo de ocupar imóveis no centro da cidade que estavam abandonados nos últimos anos. A prefeitura dá o apoio com repasses financeiros para reforma das lojas, além de uma ajuda de custo mensal. Os artistas colocam a mão na massa e tocam os projetos. Foram escolhidos espaçosos como galerias de arte, livrarias, estúdios de design, moda, música e dança, por exemplo. Os idealizadores precisaram preencher alguns critérios, como já exercer uma atividade comercial ou cultural, ter horário de funcionamento noturno e ficar, no mínimo, 30 meses à frente do espaço. O projeto Reviver Cultural abrange uma área entre a Orla Conde, e as avenidas Primeiro de Março, Presidente Vargas, Rio Branco e Rua da Assembleia - sempre em imóveis de frente para a rua. A ideia é que, aos poucos, as ruas históricas do centro do Rio possam novamente reviver a cultura da cidade. Rose Oliveira, idealizadora do Ginga Tropical, conta que o sonho de um empreendimento cultural era antigo. Durante 20 anos, ela foi comissária de bordo. Viajou o mundo até decidir montar um espetáculo que mostrasse a cultura do Brasil. "Eu era comissária e viajava o mundo. Viaja demais e sempre observei o mundo de um jeito, como o Brasil era visto. Nos anos 80, o Brasil era visto com estereótipo ligados aos corpos e mulheres, e isso me gerou uma missão, queria mudar esse olhar", lembra. Agora, ela e outras artistas têm uma casa. E pessoas com histórias como a dela não vão precisar passar pelas mesmas dificuldades. Área do Reviver Cultural Centro Reprodução/RJ2 Programação A programação da abertura dos espaços começou nesta sexta (26), com a abertura da Ginga Tropical na Rua da Alfândega, 19. A casa é voltada à promoção do folclore e cultura popular brasileira, especialmente das artes cênicas e musicais. A Ginga pretende produzir espetáculos de dança, além de ministrar cursos teóricos e práticos sobre folclore, buscando valorizar e perpetuar a cultura brasileira. A casa abrirá com um show, baile e samba de roda. No sábado (27), a Travessa do Comércio, 16 receberá o point de arte e trocas sobre o universo queer. O Queerioca será um espaço de residência e produção de arte queer, a fim de dar visibilidade e troca para os artistas LGBTQIAPN+ cariocas. A casa abrirá as portas a partir das 12h, iniciando a programação com a abertura da expo DiferEntre. Às 16h, fará o lançamento do livro “Benditas Coisas Que Eu Não Sei”, editora Agir, de Zélia Duncan, com sessão de autógrafos. Às 18h, será exibido o curta metragem “Uma Paciência Selvagem me Trouxe Até Aqui”, de Eri Sarnet, com Zélia Duncan e Bruna Linzmeyer, além de uma leitura dramatizada da peça “Eu Vou!”, de Zélia Duncan, com Cristina Flores, que vai acontecer após a exibição. Às 21h, uma roda de samba com Zélia Duncan e Ana Costa, a partir do álbum autoral “Sete mulheres pela Independência do Brasil”. E a primeira edição da festa Arco dos Prazeres com a DJ residente Tatá Ogan e DJ Glau, tem início a partir das 23h. A festa homenageia uma lenda conhecida pelos cariocas, Bárbara dos Prazeres, chamada popularmente de “Bruxa do Arco do Teles”, na primeira metade do século XIX. É o único evento pago da programação de abertura do espaço. Encerrando o fim de semana, no domingo (28), a Casa Carnaval trará a festa fora de época partindo da Praça XV até chegar à casa na Rua do Mercado, 37. O pré-lançamento do projeto terá início a partir das 16h, com cortejo com bateria da Viradouro, com concentração na Praça XV. Às 17h, acontecerá a cerimônia de abertura da casa e lavagem do espaço. Às 17h30, roda de conversas, e às 18h, roda de samba e grupos culturais. A partir das 21h, haverá um set de DJ até as 23h.

FONTE: https://g1.globo.com/rj/rio-de-janeiro/noticia/2024/04/27/reviver-centro-cultural-centro-do-rio-ganha-tres-espacos-culturais-neste-fim-de-semana.ghtml


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